No passado recente, a “crise” afectava em especial os que estavam na situação de desemprego, agora estende-se a muitas outras famílias, devido à diminuição do poder de compra, o que dificulta o acesso a bens de primeira necessidade. Assiste-se hoje a um crescimento da pobreza, muita dela escondida, mostrando a realidade daqueles que são já denominados como os “novos pobres”.
Não obstante algumas (louváveis) campanhas de angariação de alimentos, pensamos que em termos alimentar não é suficiente, visto que é necessário algo mais completo e regular. Para além de que, no nosso concelho, existem sobras (não restos !) capazes de saciar muitas pessoas.

Refira-se que esta iniciativa já conta com o apoio da ARESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares), da Associação Nacional de Municípios Portugueses e da ASAE (Autoridade da Segurança Alimentar e Económica), e visa fomentar a criação de programas de âmbito local que sejam executados pelas autarquias para encontrar soluções contra o “desperdício alimentar”.
Pretende-se que a Câmara, enquanto órgão executivo, estabeleça as “pontes” necessárias para concertar esforços entre várias instituições, quer sejam privadas ou públicas, de modo a que possamos chegar, efectivamente, a todas as famílias desprotegidas.
Assim, a Assembleia Municipal de Mealhada recomendou que no âmbito da Rede Social ou para além desta, através do encontro seja promovida a partilha de informação e de experiências e a articulação de várias entidades, tais como: Juntas de Freguesia, IPSS’s, Paróquias, Escolas, ACIM, ASAE, Associações locais, Grupos de Acção Sócio-Caritativa, entre outros, não excluindo as empresas privadas, no sentido da concertação de esforços no combate ao desperdício alimentar e à criação de sinergias destinadas à criação associativa e/ou empresarial de programas locais de combate ao desperdício alimentar.
Pela partilha do que sobra para com quem nem isso tem.
Luís Brandão
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