18 de julho de 2011

Animação no Luso: Os concertos mais pequenos do Mundo.

A Junta de Freguesia de Luso, com a Câmara Municipal de Mealhada (CMM) e o Turismo Centro de Portugal elaboraram um programa de visava promover a “animação da Vila Termal de Luso” (cf. http://www.cm-mealhada.pt/index.php?id_not=836&tipo=1&acao=destnot_com.php). É um programa composto essencialmente por concertos musicais, tal como ocorreu no ano passado, contudo para este verão decidiram que os grupos iriam actuar essencialmente no final da tarde de Domingo e não no sábado à noite.

Ontem entre as 18h e as 20h, actuou no palco (“coreto”) da alameda do casino Nelson Carrera - Rockabilly/Anos 50 (ver imagem). Deve ter sido o concerto mais pequeno do mundo, com uma média de 5 espectadores. E diga-se que não foi por culpa dos três músicos…

Já há muito tempo de digo que em termos de turismo não temos tido a melhor estratégia, por exemplo, penso que faltam especialistas. Há alguns anos apresentei a proposta de uma empresa municipal (ou algo similar) que integrasse esta área que é estratégica para o nosso Concelho; poderia se algo parecido com a Inova de Cantanhede que desenvolve a ExpoFacic.

Volto a repetir, parece que temos um problema de “autismo”, parece que não se conhece o contexto onde as iniciativas vão decorrer. Ora vejamos:
- pode discutir-se se a música era boa ou não… para mim era

Mas não se pode discutir que:
- não é o tipo de música mais indicado para um final de tarde de domingo; a esta hora os visitante que estão pelo Luso são as excursões, que não é o público-alvo deste tipo de musical. Os (poucos) visitantes do Luso, que estão nas Pensões e Hotéis a essa hora estão nas Piscinas ou foram à Praia ou ao Buçaco.

- não existiam as condições logísticas para assistir ao dito concerto. Não era um baile nem um concerto de rock, para estarmos em pé a assistir. Já no ano passado sugeri a 2 vereadores da CMM que neste tipo de eventos há necessidade de se colocar cadeiras em frente do palco.

- não há uma mínima divulgação do que irá decorrer: por exemplo, pelo concelho há espaços para colocar informação em outdoor’s, mupie’s, etc. e NADA. Elabora-se um projecto de animação, como custos para os cofres públicos e não há uma divulgação do que está programado. Deixa de ser investimento e passa a ser custo. Isto, revela-se como um exemplo da incapacidade organizativa, o que denigre a imagem do Luso e do Concelho; para além de que os músicos se sentem frustrados e desiludidos com a vinda ao Luso.

Mais que elaborar um cartaz, é necessário dinamizá-lo.

Luís Brandão

2 comentários:

Anónimo disse...

Estou farto de dizer estas mesmíssimas coisas caro Luís. E tem sido assim todas as semanas. Na primeira iniciativa, às 18.30h de uma tarde de Domingo, estava uma banda de bares em palco a tocar Mamonas Assassinas. Eles até tocavam bem mas era para aquele local e àquela hora? Era o público certo? Claro que não!!
Na minha opinião, a alameda do casino já deu o que tinha a dar. Ponham as bandas a tocar no meio da avenida ou na fonte, que é onde as pessoas passam!

Anónimo disse...

Pois é Luis mas concerteza sabes que é necessário que quem programa e pensa tenha gosto e prazer no que está a fazer e tenha um objectivo final positivo. Mas o que tenho a certeza é de quem faz aquilo faz como se fosse um "frete" , é só para cumprir calendário e não se ser acusado de que nada se faz ,e até rezará para que não resulte , porque "mais forasteiros no Luso só trás é mais lixo" .