Informou que, por cada chamada telefónica, que tem o custo de €0,60 + IVA, reverte a favor das pessoas afectadas €0,48.
Por coincidência, hoje recebi um e-mail que alerta que a Portugal Telecom e o estado ficam com certa de 30% do valor das chamadas de solidariedade. Esse texto questionava por que é que os madeirenses receberam 2 milhões de euros da solidariedade nacional, quando foram doados 2 milhões e 880 mil euros!?!?!?!
Fazendo as contas temos:
cada chamada custa €0,72 (= €0,60 + IVA), ou seja, por cada telefonema realizado pagou-se 0,72 euros, mas os madeirenses relativamente a esse telefonema só recebeu 0,50 euros. Ou seja, 0,22 euros ficaram pelo caminho e serviram para outros se “governarem”……. 17% (€0,10) foram para a Portugal Telecom e o IVA (na altura a 20%) para o Estado.
A mensagem concluía que “numa campanha de solidariedade, a aplicação de uma margem de lucro pela PT e da incidência do IVA pelo Estado são o retrato da baixa moral a que tudo isto chegou”.
Outras campanhas solidárias também revertem a favor dos promotores, como por exemplo, o projecto ARREDONDA, realizado em lojas como as do grupo SONAE Distribuição. Em que os clientes são convidados a oferecer uns cêntimos, que geralmente são a diferença entre o valor do produto e uma unidade superior. Esse dinheiro fica temporariamente na conta da SONAE (rendendo juros) e posteriormente é encaminhado para as Instituições, que deveram passar recibo (em nome da SONAE) que poderá, a título de mecenato, diminuir no pagamento dos impostos.
Na minha opinião é mais escandaloso a elevada taxa cobrada pela Portugal Telecom, que os benefícios que empresas como a SONAE têm neste esquema de suporte à recolha de fundos. Até porque ninguém pede recibo se doar, por exemplo, 5 cêntimos, como é o caso do projecto Arredonda.
Mas mais solidário que isso é a “Campanha Família +1”, dinamizada no Luso, pela Associação Jovens Cristãos de Luso que suporta a totalidade dos custos (poucos) que existem com a mesma e entrega tudo o que angaria, sem passar recibo...!
Pela solidariedade.
Luís Brandão
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